O processo que leva a reparação tecidual
O tratamento de feridas eficaz está relacionado à cicatrização cutânea. Esta envolve ação integrada das células, matriz e mensageiro químico, visando restaurar a integridade do tecido o mais rápido possível. A reparação não é um processo linear, mas uma integração de processos dinâmicos. Fatores de crescimento disparam a proliferação celular. Envolvem mediadores solúveis, elementos figurados do sangue e a produção de matrizes extracelulares e células parenquimatosas.
A vascularização adequada, a importância da perfusão e da oxigenação são fatores indispensáveis para que ocorra a cicatrização.
O sucesso da cicatrização no tratamento de feridas
O sucesso no processo de aceleração da cicatrização completa da lesão é resultante da ação do laser, em face da absorção da radiação pelo organismo. A energia luminosa é absorvida nos citocromos e porfirinas, dentro da mitocôndria e membrana celular, produzindo uma pequena quantidade de oxigênio livre.
Como resultado da absorção dentro da célula, forma-se um gradiente de prótons através da membrana celular e da mitocôndria. A penetração da radiação e a quantidade absorvida irão depender das estruturas absorventes do tecido ou pele irradiada e sua disposição corporal.
O uso do laser de baixa potência e seus efeitos nos tecidos
O laser de baixa potência estimula as membranas celulares e mitocôndrias, induzindo a primeira fase do processo cicatricial, a biomodulação celular. O laser possui efeitos primários e secundários quando são absorvidos pelos tecidos. Os primários são bioquímicos, bioelétrico e bioenergético.
Os bioquímicos consistem na liberação de substâncias pré- formadas como a histamina, serotonina e bradicinina. Juntas irão estimular a produção de ATP e inibir a produção de prostaglandinas. O bioelétrico compreende a melhora do funcionamento da bomba sódio e potássio, responsável pela manutenção do potencial de membrana celular e pelo aumento da produção de ATP. Por fim, o bioenergético é a normalização energética do bioplasma.
Os efeitos secundários consistem primeiramente na circulação local. O efeito bioquímico de liberação de histamina e aumento do trofismo celular são os responsáveis pelo processo. Isso ocorre devido ao efeito bioelétrico de aumento da produção de ATP, velocidade mitótica e de reparo tecidual. Por todos os efeitos produzidos, a ação do laser de baixa potência acaba por funcionar com um coadjuvante no processo cicatricial.
A ação anti-inflamatória e regenerativa do laser
A aplicação do laser de baixa potência no tratamento de feridas vem atuando positivamente na fase inflamatória e na reparação tecidual. Inicia-se assim a segunda fase denominada proliferativa. Ocorre a neoformação de vasos sanguíneos, devido à fotoestimulação das células endoteliais, proliferação de fibroblastos e consequente deposição de colágeno. Estimula-se a formação de tecido de granulação para a efetiva contração da ferida.
A fase de remodelação da ferida é a última fase do processo cicatricial. Esta se constitui pela reorganização dos vasos sanguíneos e das fibras de colágeno. A terapia laser, além de aumentar a proliferação de fibroblastos no leito da ferida, também causa um aumento significativo da angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos).
A laserterapia é indicada em quadros patológicos para acelerar o processo de reparo tecidual e diminuir quadros edematosos e álgicos, agudos ou crônicos.
Artigos científicos:
Relato de experiência sobre o uso do laser de baixa potência no tratamento de úlceras neurotróficas
Serviços relacionados:
Lasereterapia > Day Clinic > Pacientes com Necessidades Especiais > Odontologia Hospitalar > Fisioterapia Respiratória
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